Com o crescimento anual da população mundial, e o crescente grau de industrialização dos países, um quadro de significativas mudanças climáticas é inevitável nas décadas que se seguem. As principais previsões científicas para todo o século são, no mínimo, alarmantes.
A região do Pacífico-asiático é uma das que mais sofrerão as consequências dessas alterações, ainda que seja uma das que menos produza CO², gás que traz problemas como o efeito estufa, e consequente aumento do nível do mar.
A previsão para os próximos anos é que a região continue sofrendo com um aumento ainda maior de inundações e avalanches de pedras de encostas, redução do fluxo dos rios (consequência da diminuição das geleiras) e queda da disponibilidade de água doce. Além disso, as expectativas são de que o desenvolvimento sustentável seja mais afetado, principalmente nos países em desenvolvimento, devido às pressões sobre os recurso naturais e a urbanização e industrialização. Outra importante mudança está relacionada ao risco de fome, que tende a aumentar ainda mais nesses países do Pacífico, tendo em vista a esterilização do solo.
Não se pode esquecer que, por ser uma região com predominância de pequenas ilhas, a área encontra-se extremamente vulnerável aos efeitos das alterações climáticas, podendo sofrer ainda com um aumento da deterioração das regiões costeiras, erosão das praias, aumento das marés de tempestade e recursos hídricos insuficientes durante períodos de pouca chuva. Tudo isso levará à uma consequente mudança nos meios de sobrevivência das comunidades dessas ilhas, que consiste, majoritariamente, da pesca e turismo. É possível observar, ainda, que o número de espécies em extinção tende a aumentar e o mesmo deve acontecer com a frequência e intensidade das secas.
Letícia do Carmo