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A Papua Nova-Guiné, oficialmente Estado Independente da Papua Nova-Guiné, é um país da Oceania que ocupa a metade oriental da Ilha de Nova Guiné (segunda maior ilha do planeta) e uma série de ilhas e arquipélagos. Localiza-se à leste da Indonésia, sendo esta sua única fronteira terrestre. Sua capital é a cidade de Port Moresby, o idioma oficial é o inglês (estima-se, porém, que mais de 800 dialetos indígenas sejam falados no território), o governo é uma monarquia constitucional e o país possui cerca de 6 milhões de habitantes.
Por estar localizado no “Anel de Fogo no Pacífico”, o país está suscetível a diversos desastres naturais, como erupções vulcânicas, ciclones, deslizamentos, terremotos, tsunamis e enchentes. Uma das preocupações do ACNUR é a falta de preparo e equipamentos da nação para lidar com esses desastres, por isso desenvolveu projetos e workshops no país, com treinamento e simulações sobre o que deve ser feitos em situações de emergência.
No ano de 2013, a Austrália fez um acordo com o país, que determinava que todos os refugiados que chegassem à Austrália por via marítima, buscando asilo, seriam encaminhados para a Papua Nova-Guiné. Esse acordo gerou revolta dos grupos de defesa aos direitos humanos, e causou grande preocupação no ACNUR, devido à quase ausência de padrões de proteção e dispositivos de segurança adequados para requerentes de asilo e refugiados na Papua Nova-Guiné, além da falta de preparo e experiência das autoridades do país. Há ainda, uma enorme preocupação com o centro de detenção provisória para imigrantes sem documentos que a Austrália tem na ilha papua de Manus, alvo de críticas do ACNUR por causa de sua precária segurança e diversos relatos de violações sexuais e torturas cometidas entre os imigrantes nesse centro.
Não obstante todas essas preocupações, e os mais de 10.000 refugiados que se abrigam no país, a Papua Nova-Guiné sofre com as mudanças climáticas, possuindo ilhas que correm sérios riscos de desaparecerem devido ao aumento no nível do mar. Exemplo disso foi o acontecido com as ilhas Carteret, primeira deslocação de toda a população de uma ilha devido ao aquecimento global. As águas do mar limpavam as ilhas dos frutos e vegetais cultivados, destruindo a sua capacidade de subsistência. Em 2007, a situação ficou insustentável e os mais de 2.000 habitantes da ilha foram deslocados para uma ilha próxima. O ACNUR busca trabalhar em conjunto com o país para melhorar sua capacidade de reação a desastres naturais e desenvolver sua legislação no que diz respeito ao recebimento e tratamento de refugiados.
Equipe ACNUR (2020)